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segunda-feira, 1 de junho de 2015

RESPEITAR A EUCARISTIA


          Em síntese: A missa e a Comunhão Eucarística são o ápice de todo o culto cristão e a fonte de todas as bênçãos. Por isto a Eucaristia há de ser sempre recebida em estado de graça, não sendo lícito aos fiéis comungar em pecado grave, mesmo que tenham o propósito de se confessar na primeira oportunidade. O fato de alguém acompanhar uma família em festa ou em luto durante a Santa Missa não justifica a recepção da Sagrada Comunhão por parte de quem esteja em pecado grave.
          Em nossos dias é grande o número de pessoas que se aproxima da mesa da Comunhão Eucarística sem ter clara noção do que seja ou também sem preencher as condições necessárias para a dignidade do ato. Os pastores do povo de Deus têm-se preocupado com o fato. O Arcebispo de Sens (França), Mons. Gérard Dufois, publicou a respeito valioso artigo, que reproduzimos a seguir em tradução portuguesa, julgando que será útil também aos leitores do Brasil.  (Dom Estevão Bittencourt )
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           “Há quem me chame a atenção para quanto é duro não ir comungar quando toda a assembléia dos participantes da Missa se dirige em fila para a mesa eucarística. Com efeito, no inicio do século XX as pessoas comungavam raramente (muitos católicos o faziam apenas uma vez por ano); em meados do século XX o jejum eucarístico e a absoluta necessidade de se ter confessado previamente detinham a maioria dos fiéis no momento da Comunhão. Hoje, porém, muitos têm a impressão de serem anormais se não acompanham os seus vizinhos de banco na igreja, indo com eles até a mesa eucarística... Em numerosos casos, o sentimento de convivência leva a ir receber o Corpo de Cristo. Penso em jovens não praticantes que, por ocasião do enterro de um amigo, vão em massa comungar. Sem preparação e sem ter a consciência do significado profundo da Eucaristia. Isto pode reconfortar, de um lado, é certo. Mas há aí um problema.
           Sinto um mal-estar quando crianças, deixadas sem orientação durante a Missa, vão comungar levianamente e voltam ao seu lugar tagarelando com os colegas. Ou quando adultos me apresentam um recipiente plástico para receber a hóstia consagrada que eles levarão a um enfermo ou a uma pessoa idosa. Colocam-na numa sacola de mão, juntamente com mantimentos comprados e outros objetos.
           Por certo, não menosprezo a graça da Eucaristia nem o fato de que a Comunhão dos participantes da Missa, hoje melhor do que ontem, exprime o pleno significado da sua celebração. Vivida na interioridade de uma profunda caminhada espiritual, ela é, para o povo de Deus, o Pão da Nova Aliança. E isto constrói a Igreja na unidade e na caridade. Mas existem formas visíveis de respeito que favorecem a oração; a falta destas formas pode banalizar a Comunhão, tornando-a um costume  superficial, sem consciência do dom de Deus à sua Igreja ou sem consciência deste ápice da vida sacramental.
          A comunhão não é um ato de simples convivência ou solidariedade, um símbolo de amizade ou de fraternidade; ela nos faz voltar à fonte do amor, da qual freqüentemente nos afastam nossos sentimentos de rancor, tristeza e violência.
          A Comunhão não é um rito de conveniência social ou um ato rotineiro; ela é em nós semente de vida e encontro com Deus. Sim, digo... com Deus em Jesus Cristo. Como não estaríamos maravilhados por causa deste insondável mistério da presença de Deus em nós, para a salvação de todos?”.



                                                                        ********


JESUS ESTÁ PRESENTE ENTRE NÓS sob as espécies do pão e do vinho na celebração eucarística, e sob as espécies do pão consagrado conservado com amor e carinho em nossos sacrários. Mas ele está presente também nos seres humanos. Não disse ele: “Tudo que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazeis?” Portanto os outros, sejam quem forem e o que forem, são também espécies sacramentais da presença de Jesus. Como no pão e no vinho consagrados, também neles vemos as aparências mais diversificadas, mas, debaixo delas está o Senhor. Devemos dedicar-lhes todo respeito e veneração. 

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