Deus nos escolheu e nos constituiu continuadores de sua vida e de sua obra. Louvado seja Deus!

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sábado, 22 de dezembro de 2012

Natal - Deus conosco.

Deus quer fazer parte da história dos homens, ele quer entrar nesta história, oferece-se e pede licença. Deus quer estar com a gente, quer com a gente caminhar para fazer conosco a nossa história pessoal, a história das famílias, a história das nações. Na história da Igreja ele está presente desde o começo, é ele que a conduz. Uns aceitam esta intromissão feliz de Deus em suas vidas, outros não. Está em nosso poder dar-lhe esta liberdade. Deus só realizará a história da salvação com as pessoas com as quais pode contar. Na verdade, são poucas. Maria e José foram deste grupo, dando seu "sim" incondicional.
E eu? 
E você?
Feliz o Natal daqueles que sabem corresponder aos projetos de Deus.


Jesus vem e quer ser acolhido por todos.

Como é bom a gente ser acolhido por alguém a quem nos dirigimos por um motivo especial.
Diz-nos São Bernardo: "Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última vinda, 'todo homem verá a salvação de Deus' (Lc 3, 6) e 'olharão para aquele que transpassaram' (Zc 12, 10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o veem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.
Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à ultima; na primeira, Cristo foi a nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária é nosso repouso e consolação".
Na primeira vinda, embora anunciado e devendo ser esperado, ele veio mas não foi acolhido. Um Messias, como restaurador do povo de Israel, nascer numa gruta? Impossível! Não é ele. "Ele veio para o que era seu, mas os seus não o acolheram" (Jo 1, 10-11). Porém, houve um pequeno grupo de pessoas que o acolheu, e Jesus sentiu-se bem no meio delas, e ficou. Ele ficaria mesmo que ninguém o acolhesse, porque teria sempre o acolhimento de sua santa Mãe e de José, seu pai adotivo.
Uma das expectativas de Jesus em sua vinda ao mundo foi sua boa acolhida, e continua a ser. Celebrar o Natal é acolher Jesus assim como ele é em suas aparências humanas, acreditar que ele é o Filho de Deus que veio para salvar toda a humanidade, a cada pessoa em particular, fazendo apenas um pedido, que deve ser aceito livremente:
"Aceite-me, por favor, eu quero ser seu amigo e companheiro na sua jornada de volta para a casa do Pai". Claro que Jesus faz umas poucas exigências que vale a pena serem aceitas, tendo em vista as realidades futuras, que superam todo o entendimento.
"A todos aqueles que o receberem, aos que creem na sua pessoa, Jesus lhes dá o poder de se tornarem filhos de Deus desde agora. Estas pessoas nasceram de Deus" (Jo 1, 12-13).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

"O Espírito do Senhor virá sôbre ti e tu te tornarás outro homem: Samuel a Saul. (1Sam. 10,6)

Se Deus não existe...

Se o céu é uma lenda, se a morte é o fim de tudo, não faz mal. Mesmo assim eu acredito, mais do que isto, eu tenho certeza.
Sei que não serei confundido! Sei em quem depositei a minha fé!
Quanto aos que quiserem rir de mim, que o façam, estejam à vontade, mas...não lhes quero dizer "ri melhor quem ri por último", apenas lamento. 
É prudente crer. É imprudente não crer.

Judas se tornou o guia daqueles que prenderam Jesus.

O amor ao dinheiro apagou em Judas Iscariotes a luz da fé. Ele não via mais Jesus como Filho de Deus, o Salvador, o Redentor da humanidade. (At. 1, 16).

Cada pessoa que fala das coisas de Deus aos outros, é um profeta, é uma pessoa abençoada.

Assim é o Papa, assim são os bispos e sacerdotes, assim são os catequistas e os pais com os seus filhos, assim devem ser todos os cristãos.
Moisés falou ao povo, dizendo: "Ouve a voz do Senhor, teu Deus, observa todos os seus mandamentos e preceitos, converte-te para o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, isto é, com toda a tua pessoa". Este mandamento não é difícil, está ao alcance de todos para que todos possam cumprí-lo. Que vantagem tira Deus deste mandamento? Nenhuma. A vantagem é toda do homem, como o seu não cumprimento será a sua desgraça: - Ouve a voz do Senhor! - Observa seus mandamentos e preceitos! - Converte-te para o Senhor, teu Deus!
A única vantagem para Deus acaba sendo vantagem para o próprio homem porque quem cumpre os mandamentos ama a Deus e lhe dá honra, louvor e glória, e quem ama a Deus é por Ele amado. O prazer de Deus é amar. Seja o amor também o nosso prazer. 
                     

"Fili, praebe cor tuum mihi". -  "Filho, dá-me o teu coração".

Simples e pequenos deveres.

É pela sua vontade que o homem se constrói ou se destrói, que se torna herói no cumprimento de seus deveres de cada dia, normalmente simples e pequenos; deveres para com Deus, para consigo mesmo, para com os outros, para com a sociedade. É pela sua vontade que o homem é salvo ou condenado.
                               
                                       "É cada um que determina a sua maneira de viver e morrer".
                                                 

"O mundo estaria melhor se as pessoas aprendessem a perdoar".

(João Paulo II).

Homilia - Alegrai-vos! O Senhor está próximo! Terceiro Dom. Adv. Ano C

1 - "Vós sereis o meu povo e eu serei o Senhor vosso Deus", palavras ditas por Deus a Moisés (Ex. 6,7) quando chamado para ser o libertador e condutor do povo de Israel, da escravidão do Egito rumo à Terra Prometida. Diversas vezes estas palavras foram repetidas para que Israel não esquecesse que era o Povo, entre tantos, escolhido por Deus. Todo Povo bem organizado tem a sua constituição ou forma de govêrno com seus estatutos e suas leis. "No monte Sinai, Deus revelou seu nome a Moisés (Ex. 3), fez aliança com seu povo recém-tirado da escravidão (Ex. 19-40) e propôs novos princípios de vida social e religiosa" (Lev. 1-10). Ao pé do monte Sinai, Israel se torna oficialmente Povo de Deus, povo de um Deus que está perto e que protege. A aliança ou contrato de Deus com o povo consta de  poucas leis: apenas os Dez Mandamentos. "Se obedecerdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos". (Ex. 19, 5). "Moisés tomou o livro da aliança e o leu ao povo, que respondeu: Faremos tudo o que o Senhor disse, e seremos obedientes". (Ex. 24,7). Esta aliança foi renovada muitas vezes, porque muitas vezes o povo não foi fiel à palavra. Esqueciam os compromissos assumidos, prometeram obediência mas desobedeciam. Então eles ficavam abandonados por Deus e, longe de Deus só lhes vinham desgraças. Deus entretanto, permaneceu fiel a este povo porque dele haveria de nascer o salvador.
2 - Passaram-se muitos anos, mas à medida que os anos passavam, aproximava-se o dia em que as promessas de Deus seriam cumpridas. O profeta Sofonias animava o povo dizendo: "Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém! O teu Deus está no meio de ti". (Sof. 3, 14-17). "A alegria a que se refere o profeta Sofonias não é uma fantasia, mas uma realidade profunda que vem do estar em paz com Deus."
3 - "Se Jesus está entre nós, se está assim tão próximo, que devemos fazer? Era o que as multidões perguntavam a João Batista. A todos, ao povo, aos publicanos e aos soldados ele impõe um comportamento preciso como sinal de conversão: não fazer do egoísmo o critério de suas ações; não se aproveitar do ofício ou da profissão para se enriquecer injustamente. Estes já são uns sinais suficientes que demonstram conversão, mudança de vida. É um bom começo. Mas é necessário ir além como "ver e apreciar o que há de bom nos outros com um olhar e juízo otimistas"; é um aspecto do otimismo que provém da certeza de viver com Deus.
4 - "O fato de ter nos céus um Pai comum, que nos ama e com quem nos podemos encontrar, é uma fonte de alegria para os cristãos, alegria que deve ser comunicada, dada aos outros". - Há pessoas que se contentam com uma alegria superficial e passageira; daí a razão porque vão constantemente atrás das alegrias que se acabam. A alegria de estar com Deus, alegria que transvasa no amor ao próximo é uma alegria perene. A única coisa que pode tirar esta alegria é o pecado. Entretanto sempre podemos reavê-la no sacramento da confissão ou reconciliação. - Dizia Madre Teresa de Calcutá: "Todos desejamos o céu, onde Deus habita, mas depende de nós o estarmos no céu com ele já agora, o sermos felizes com ele neste momento. Mas sermos felizes com ele agora, significa: amar como ele ama, ajudar como ele ajuda, dar como ele dá, servir como ele serve, salvar como ele salva, ficar vinte e quatro horas com ele, encontrá-lo em suas tristes aparências".
5 - "Alegrai-vos! O Senhor está perto! Jesus veio, Jesus virá, Jesus vem. Jesus veio a nós quando nasceu em Belém de Judá; Jesus virá no fim dos tempos para nos julgar e ver se vivemos a nossa fé manifestada na caridade. Mas Jesus vem também agora para todos aqueles que abrirem a porta do seu coração para os seus e nossos irmãos sem  discriminação alguma. (Missal dominical).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Deus apareceu a Moisés e Josué.

Numa coluna de nuvem, e a coluna de nuvem parou na entrada da tenda da reunião (Dt. 31, 15). Deus não era a nuvem, mas a nuvem era sinal (imagem) de que Deus estava nela. É pela palavra que se conhece a pessoa; é pelo que ela fala, é pelo que ela diz, tudo emoldurado pelo corpo todo, mas sobretudo pelos olhos e lábios, nos diz quem a pessoa é. Às vezes basta a simples entonação da voz que pronuncia as palavras para se saber quem a pessoa é e quais são os seus sentimentos. Deus no Antigo Testamento falava e, não era visto, nem podia ser, mas por suas palavras mostrava o seu coração cheio de misericórdia e perdão, bondade e amor. No Novo Testamento, a revelação de Deus em Jesus Cristo foi total. É só ouvir e crer.

Onde é o céu?

É lá onde Deus mora. E onde mora Deus? A natureza é a casa de Deus e nós podemos perceber aí a sua presença: nas flôres, nos passarinhos, nos astros, nas matas e florestas, nos rios e no grande mar. Mas, não ficamos satisfeitos e nos perguntamos: é só aí que Deus está? Não! Não é só aí! Nós percebemos, sim, a presença de Deus na natureza que Ele criou, mas esta presença é uma presença fora de nós. Nós queremos perceber e até sentir a presença de Deus mais perto de nós, dentro de nós. Sim, foi Deus quem criou o ser humano e nele está presente desde quando nasce. Deus está nas crianças, mas quando elas chegam ao uso da razão e ficam adultas Deus, que as criou livres lhe diz: Você me aceita ficar com você? Se sim, Deus fica, se não Deus vai embora. O coração de todo homem e mulher tem um trono oferecido ou à Deus, ou ao demônio. O coração onde Deus está, aí está um prelúdio do céu; onde Deus não está, aí está um prelúdio do inferno.

Que pecado cometi para ter que sofrer tanto?

Há pessoas que reclamam da vida e se perguntam: Por que? Por que eu? O que fiz de mal? Que pecado cometi para ter que sofrer tanto? E se cansam de tanto perguntar sem obter resposta porque estão fechados dentro do vácuo do seu egocentrismo e, como não aprendem a lição, Deus lhes dá uma outra nos mesmos moldes de aluno que não consegue se promover porque não estuda e, consequentemente, não entende as lições porque é preguiçoso. No dia em que esta pessoa estudar e aprender a lição, Deus lhe dará os parabéns e lhe dirá: "Agora vamos para outra lição", na esperança de que as repetidas lições anteriores tenham sido uma boa lição para estar mais atenta às lições de Deus e assim possa sempre ser promovida, progredir. Os santos são alunos, bons alunos que correspondem às lições de Deus de quem recebem a aprovação e o diploma.

Dimensão religiosa nas famílias.

Falta, na maior parte das famílias católicas a dimensão religiosa que elevaria a vida humana a uma felicidade sobre-humana. A maior parte dos crsitãos, dos casais e familias cristãs tem uma vida sem graça, em que os ideais não ultrapassam os horizontes mesquinhos e baixos do egoísmo e materialismo, não saindo das quatro paredes da casa onde moram. É impossível aumentar o cabedal da felicidade sem espalhá-la por toda a parte. O espiritual é, por sua essência, elevador; o material, depressor.

sábado, 15 de dezembro de 2012

O homem vale tão pouco que quando morre, o enterram logo, e do que deixou mais se preza o dinheiro ou aquilo que por ele se pode trocar.

O que é o perdão?

"Senão acreditar, contra toda certeza, e agir de acôrdo com a fé em que as pessoas, no fundo, são boas, mesmo quando manifestamente mostram não sê-lo? Um novo mundo nasce quando um erro é perdoado".
(Joel Marcus).

Homilia - Em defesa das aparições da Virgem.

Tive notícias tempos atrás, de que alguém em um grupo católico de oração, havia condenado, em público, a devoção a Nossa Senhora de Fátima, a devoção das capelinhas de Nossa Senhora que visita os lares, afirmando que quem está por trás de tudo isto é o demônio. A acusação era grave e precisava ser esclarecida. Passados alguns dias, chegou-me às mãos uma folha com matéria escrita intitulada: Carta aos Católicos.

CONTEÚDO DA CARTA:
1 - As aparições da Virgem Maria são engano satânico; não passam de fraudulentas manifestações de demônios que se fazem passar por "Anjos de Luz".
2 - A pessoa que escreve a carta afirma que não localizou livros ou folhetos que narram as estórias das aparições em Lourdes, Fátima, Guadalupe, Aparecida e Carmo.
3 - Referindo-se a Lourdes e Fátima, diz que as aparições se manifestam a crianças e prometem a salvação a quem rezar o rosário todos os dias e comungar por nove meses seguidos, nas primeiras sextas-feiras de cada mês.
4 - Afirma que isto é desvio do plano de salvação de Deus que consiste na fé em Jesus...Somente "crer" em Jesus Cristo pode garantir a salvação.
5 - Afirma ainda que não pode entender como os padres cairam nessa! Diz saber de muitos padres que não creem em aparições, achando que são coisas de crianças e mulheres, mas ficam quietos por mêdo do povo, dos bispos...
6 - Diz que estas aparições são uma distorção da fé, coisa do demônio, para levar os homens à perdição, pois colocam a falsa Maria como boazinha e salvadora e Jesus, o Filho, vingativo e durão.
7 - Na aparição de Guadalupe, diz o escrevente, Nossa Senhora induz as pessoas a prestar-lhe culto como divindade sedenta de louvores e glórias para si, pois pediu ela, se construísse um  templo em sua homenagem.
8 - Referindo-se a Nossa Senhora Aparecida, diz que, infelizmente esta aparição é dita "Padroeira do Brasil", e Aparecida é aquele comércio repugnante...
9 - Com respeito a Nossa Senhora do Carmo, afirma que, um tal escapulário, usado pelos fiéis, garante-lhes a salvação.
10 - Afirma que satanás, sabendo que a revelação direta de sua pessoa chocaria e assustaria os homens, tenta fazer-se passar por Maria, Mãe de Jesus.
11 - Declara que a verdadeira Maria de Nazaré, nada tem a ver com a Maria das aparições, antes, são inimigas mortais.
12 - Encerra a carta com um apêlo: "É urgente avisar as pessoas que as "aparições" não são de Maria, e que, prestar culto ou dar ouvidos ao que as aparições disseram é idolatria, ou seja, culto a demônios.
13 - A carta não vem assinada.

QUE DIZER?
Vamos examinar e comentar resumidamente alguns detalhes de cada item:
1 - As aparições de Nossa Senhora são manifestações do demônio? Até poderiam ser, mas a Igreja Católica é muito prudente e estuda demoradamente cada caso digno de atenção submetendo-o ao julgamento de especialistas, para depois dar o seu veredicto. Assim foi com o Santo Sudário, com o milagre eucarístico de Lanciano na Itália, e também com as aparições. Algumas aparições carecem de fundamento pois se verifica doença mental ou algum fator de ordem moral incompatível com uma intervenção do céu, mas aquelas que a Igreja aprovou, como Fátima, Lourdes, Guadalupe, Carmo, merecem fé.
2 - A pessoa que escreveu a carta, confessa sua ignorância sôbre o assunto por não ter localizado livros ou folhetos que narram a história das aparições.
Com que direito, então, se põe a escrever sôbre assunto que desconhece? Onde está o bom senso? A Igreja leva anos para se manifestar pró ou contra a veracidade de aparições, contando sempre com a ajuda de peritos, e vem alguém que, com umas poucas palavras, sem ter feito uma pesquisa séria, pretende derrubar um trabalho de tantos anos e de tantas pessoas? Pretensão infantil, inconcebível num adulto.
3 - Quanto às aparições de Nossa Senhora em Lourdes (França) e em Fátima (Portugal), a pessoa que escreveu a carta confunde-as com as aparições do próprio Jesus a Santa Margarida Maria em Paray-le-Monial, na França. Para alguém se convencer da verdade destas aparições, se não puder ir até lá pessoalmente, dê crédito ao que se escreveu e se escreve a respeito e o que dizem as pessoas que por lá passaram. Os bons frutos sobretudo da volta à prática da fé, sem contar outros milagres, são prova da presença maternal da Virgem Maria naqueles santuários. Recomendo a leitura do Livro "Milagre de Lourdes" do médico francês, ex-ateu, Dr. Alexis Carrel. 
Junto ao Santuário de Lourdes, há um hospital por onde passam todos os doentes que demandam cura para seus males físicos junto à gruta da Virgem. O hospital está aberto à médicos de todas as nacionalidades, de todos os credos e também ateus. Centenas de curas são inexplicáveis à luz da ciência, dizem os médicos que atendem os doentes naquele hospital. 
Embora as curas miraculosas atribuídas à Virgem Maria que ali apareceu em 1858 a Bernadete Soubirous, sejam tantas, a Igreja reconhece como tais, apenas algumas dezenas.
Em Fátima, os três pastorinhos: Lúcia com dez anos, Francisco com nove e Jacinta com apenas sete anos, foram repreendidos e castigados pelos próprios pais para que afirmassem que tinham inventado a história da aparição da Virgem do Rosário. Lúcia foi levada pela mãe ao pároco para que confessasse a mentira; os três foram levados por intimação, à presença das autoridades civis do lugar e metidos na prisão para que dissessem que tudo não passava de invenção deles. Eles, porém, embora crianças e pressionados de todos os lados, não cederam em nada de tudo aquilo que afirmaram ter visto e ouvido. A Igreja estudou cuidadosamente os fatos e só depois de treze anos é que o bispo de Leiria se manifestou, reconhecendo públicamente a verdade das aparições. A seguir, o episcopado todo de Portugal e os Papas, manifestaram a sua fé nas aparições da Virgem em Fátima. Os Papas Paulo VI e, depois João Paulo II, ali estiveram, confirmando tudo com a sua presença e palavra.
4 - Diz a pessoa autora da carta, que essas aparições desviam as pessoas do plano da salvação de Deus...Se isto acontecesse, a Igreja não permitiria. É conhecido de todos os bons cristãos católicos o "slogan": Com Maria a Jesus". Jesus veio a nós por Maria. Por que não podemos nós por Maria, ir à Jesus? O caminho de que Deus Pai se serviu para nos trazer a salvação por Jesus, foi Maria. Por que não podemos servir-nos do mesmo caminho para ir a Jesus Salvador e por Ele ao Pai?
5 - Admira-se o missivista como os padres caíram nessa de acreditar em aparições, mas que há muitos que não acreditam e, se não manifestaram a sua descrença, é por mêdo. - Mentira digna de riso, porque as aparições não são dogmas  de fé. Ninguém é obrigado a acreditar nelas. Cada qual é livre nesta questão. Portanto, não precisa ter mêdo de espécie alguma. Somente se pede que os que não querem acreditar respeitem e deixem em paz os que acreditam. E se, porventura, quiserem combater, que se munam de argumentos mais sólidos com pesquisas mais profundas que as realizadas pela Igreja. A revelação pública e divina encerrou-se com a morte do último dos doze apóstolos escolhidos por Jesus. Não há nada mais a acrescentar ao nosso credo. As aparições nada mais fazem que lembrar determinados ensinammentos dos Evangelhos que muitos esqueceram: a necessidade da conversão para Deus, a necessidade da penitência e oração. Em suas aparições, Nossa Senhora vem lembrar o que Jesus disse ser necessário para a salvação e que muitos também cristãos, não lembram mais.
6 - Diz a carta, que as aparições são uma distorção da fé, colocando a falsa Maria como a "boazinha" e Jesus como o "vingativo e durão". - Maria nos foi dada como Mãe por Jesus, no Calvário, na pessoa de São João que ali representava toda a humanidade; assim acreditamos, Maria é mãe, é boa por natureza. Jesus, seu divino Filho, é bondade e benignidade em pessoa. Mas, no dia do juízo final, esta bondade vai acabar para muita gente. Jesus não vai ser vingativo nem durão, mas exercerá a justiça e dirá, aí sim, estas palavras duras, sem possibilidade de apelação: "Retirai-vos de mim malditos! Ide, para o fogo eterno, destinado ao demônio e aos seus amigos" (Mt. 25, 41). Nossa Senhora como mãe, vem nos alertar. O nome de mãe dos homens e mulher que Jesus lhe deu, não foi um título honorário, mas foi p'ra valer. Nossa Senhora aceitou, assumiu e passou a exercer esta nova maternidade.
7 - Não apenas em Guadalupe, Nossa Senhora pediu a construção de um templo, como também em outros lugares. E se Nossa Senhora não pede, o povo constrói mesmo assim. Para que? Para que o povo lhe preste culto como divindade sedenta de glórias e honras? Ilação absurda, porém possível em certas mentes. No seu Cântico, a Virgem Maria profetisa: "Eis que doravante me proclamarão bem-aventurada todas as gerações" (Lc. 1, 48). Vaidade de Nossa Senhora? Pretensão orgulhosa? Sêde de honras e glórias? - Está na Bíblia.
8 - O autor da carta, como ser pretensamente superior, coloca não apenas o povo católico brasileiro que acorre a Aparecida, como também bispos e sacerdotes e até o nosso Papa João Paulo II que passou por aquela cidade quando da sua primeira visita ao Brasil, o missivista, coloca todos no "chinelo" como pobres ignorantes! Deus pode, sim, servir-se até de uma pequena imagesm de terra-cota quebrada da Virgem Maria, lançada num rio e depois "pescada" para através deste humilde sinal da Mãe de Jesus, derramar suas graças e bênçãos sôbre pessoas e famílias, sôbre a cidade e a Nação. Se em Aparecida há um comércio repugnante, isto nada tem a ver com a aparição e em nada desabona a verdadeira e pura devoção a Nossa Senhora que é sempre a mesma.
9 - Satanás poderia até tentar fazer-se passar pela Virgem Maria, mas nunca se teve notícia de satanás estar recomendando às pessoas a oração, a verdadeira mudança de vida ou conversão, o arrependimento dos pecados, a penitência como acontece nas autênticas aparições de Nossa Senhora; mas o diabo, isto sim, pode servir-se de inocentes úteis para tumultuar a mente e o coração, sobretudo da gente simples para afastá-la da verdadeira devoção a Nossa Senhora, que conduz a Jesus. É o que o autor da carta diz, acertadamente, quando lembra que o demônio "iria fazer guerra aos demais filhos dela que são...os cristãos que guardam a Palavra de Deus e têm o testemunho de Jesus". A palavra "diabo", encontrada na redação original dos Evangelhos para nomear o espírito das trevas, significa exatamente isto: aquele que provoca desunião, inspira ódio ou inveja, maledicência, calúnia, inimizade. É o que o autor da carta, talvez sem se aperceber e por isso merece a nossa compreensão, está fazendo.
10 - Amigo, seja lá quem você for, Maria de Nazaré, tem tudo a ver com a Maria das aparições, porque é a mesma pessoa, a mesma Mãe que pressurosa, vem chamar a atenção dos  seus filhos, para que não se desviem do caminho que  é Jesus.
11 - A carta é dirigida aos católicos em geral, desconhecendo a autoridade estabelecida na Igreja, e termina com um apêlo: "É urgente avisar as pessoas que as aparições não são de Maria, e que prestar culto ou dar ouvidos ao que as aparições disseram é idolatria, ou seja, culto ao demônio". Em outras palavras, aqui em nossso Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Tarumã, Curitiba, prestando culto à Virgem Maria que apareceu em Fátima, Portugal, e, seguindo as recomendações de oração, conversão e penitência, estamos cometendo um grave pecado de idolatria, prestando culto a demônios (Mt. 12, 22-30). Dá para entender? Depois do que foi dito, é desnecessário responder a este apêlo que nos leva à compaixão do seu autor. Resta-nos pedir que seja um pouco mais humilde, que não se julgue dono da verdade sôbre o assunto quando  tantos pensam tranquilamente diferente, possuídos por um grande amor e veneração pela Virgem Mãe Maria, que bondosa, maternal e carinhosa apareceu em Fátima, Lourdes e em muitos outros lugares. Pedimos que se informe melhor, leia e estude mais e, sobretudo, reze.
Consta que alguém perguntou ao Papa João Paulo II, qual sua opinião a respeito das atuais e diárias aparições de Nossa Senhora em Medjugorje - Iugoslávia, à um grupo de jovens. (As aparições tiveram início no dia vinte e qutro de Junho de 1981). O Papa perguntou: Lá o povo reza? Vai à missa? Frequenta o sacramento da Confissão? Ouve a Palavra de Deus?
- Sim, foi a resposta.
- Então, deixe-os em paz! concluiuo Papa.

O autor da carta, não subscreve. É uma pena. Não assume o que pensou e escreveu. Depois de falar tanto no diabo, deixa-se envolver nas trevas do anonimato!
(Monsenhor Estanislau Polakowski).

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Não faça estoque de carapuças; a não ser para seu uso particular.


Morte, revelação implacável.

A morte nos revela a nós mesmos. A morte é aquele véu que separa o tempo da eternidade. A morte desfaz todas as ilusões. A hora da morte é a hora da verdade. Compareceremos todos diante de Deus: "Statutum est hominibus semel mori; post hoc autem judicium". "Está determinado que os homens morram uma só vez; em seguida vem o juízo" (Hb. 9, 27). Prestação de contas! O juízo será sem misericórdia para quem não usou de misericórdia. A morte põe a nú aquilo que somos, despojando-nos das postiças aparências que levamos no mundo para fazer-nos admirados e respeitados por todos. Vale a pena viver na simplicidade, lealdade e verdade diante de Deus e diante dos homens. A morte não é o fim de tudo, mas o verdadeiro comêço de tudo. Com a morte, a vida não é tirada mas transformada. Se não queremos saber agora, a morte nos revelará o que somos. Portanto, é preciso sermos realistas desde agora. Não é a fortuna, a ciência, a posição social que nos fazem grandes, mas é a santidade que está nos antípodas dos conceitos do mundo. É maior, disse Jesus, aquele que se tornar menor, pobre, despojado de si mesmo, aquele que põe a sua riqueza, a sua sabedoria, a sua posição na sociedade à serviço dos seus semelhantes; é maior aquele que se ajoelha para lavar os pés dos outros, aquele cuja alegria é servir. É grande aquele que é grande aos olhos de Deus e não do mundo. O orgulho, a vaidade, a confiança em si mesmo e a falsa segurança que a fortuna dá, são ilusões em cujas esparrelas, muita gente tida como inteligente, cai.

O egoísta






Acha de alguma forma que o seu umbigo é o centro do mundo. Talvez não chegue a tanto, mas acha que para ele todas as atenções devem se voltar. O egoísmo é filho da vaidade e neto do orgulho casado com a soberba.

Vivemos num mundo difícil de viver.

E também perigoso. Ninguém confia mais em quase ninguém e todos olham os desconhecidos como possíveis assaltantes. Ninguém se sente seguro nem mesmo em sua própria casa. Colhemos o que plantamos. O afastamento de Deus, a não observância de seus mandamentos, o desejo de liberdade plena qua às vezes se torna libertinagem, fizeram o homem decair, muitas vezes, para o estado simplesmente animal. Homem, animal guiado mais pelos instintos do que pela razão.

Estatura moral.

Mede-se a estatura moral de uma pessoa pelo seu comportamento diante das três grandes tentações: o poder que não deve levar ao orgulho, soberba ou vaidade, mas deve ser exercido como um serviço para aqueles por quem lhe veio este poder, sobretudo aos simples e humildes; o dinheiro ou a riqueza da qual deve dispor não em benefício próprio, mas em benefício da comunidade que nele confiou e elegeu, colocando em suas mãos grandes somas, cuidando sobretudo dos mais pobres; o sexo que deve ser vivido castamente quer no estado virginal ou num santo matrimônio. São três grandes tentações que, uma vez aceitas se transformam em três grandes demônios.  - O maior e mais perigoso dentre eles, qual será?  - Para os anjos maus, foi o poder, o orgulho. Para os homens talvez o dinheiro, porque é por meio dele e com ele que, com mais facilidade se conseguem os outros dois. É super-humilhante ver um ser humano dobrar seus joelhos, prostrar-se por terra e rastejar para obter as graças desses três falsos deuses.

A mulher carrega em si o mistério da vida.

A maternidade começa com a  concepção do filho. É o homem, que deve ser o seu legítimo marido, que dá à mulher a possibilidade de ser mãe. É a mulher que dá ao homem, do qual deve ser legítima esposa, a possibilidade de alguém o chamar de pai. Deus deu a um homem e a uma mulher legitimamente unidos, apartilha na coroação da obra da criação. Eles podem dizer como Deus: "Façamos um homem a nossa imagem e semelhança".

Nós carregamos ainda um pouco do susto que tiveram Adão e Eva.

Após o pecado quando se viram despojados física, moral e espiritualmente e passaram a ter mêdo de Deus e foram, ingenuamente, se esconder. Afinal de contas eram livres, pois Deus os fez assim, e quiseram fazer a experiência da insubordinação, da  desobediência para saber que gosto tem e se de fato os seus olhos se abrissem ainda mais e sua inteligência e entendimento também e eles chegassem a ser como Deus, conhecendo o bem e o mal, não tendo que, a partir de então, dar contas a ninguém. Quando perceberam que a experiência não deu aquilo que esperavam, muito pelo contrário, nenhum dos dois, diante de sua cinsciência e diante de Deus quis assumir a culpa. Até hoje sofremos deste mal: costumamos, com frequência, pôr nos outros a culpa dos nossos erros. Veja-se a ousadia de Adão que chega a culpar o próprio Deus: "A mulher que me deste, apresentou-me deste fruto, e eu comi". (Gen. 3, 12). Temos um certo mêdo de Deus. O saber da sua presença em todo lugar constrange. Gostaríamos que nem Deus nos vigiasse. Por que tudo isto? Porque também nós queremos fazer as nossas experiências, queremos ter a liberdade de fazer o que bem entendermos, mesmo o mal, sem ter que dar contas a ninguém. Esquecemos que Deus é Pai, e o que Ele quer tão somente, é o maior bem para os seus filhos.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Cada ser humano é inconfundível. Semelhantes embora, somos diferentes, profundamente diferentes.

(José W. Dias)

Homilia - Todos os homens encontrarão Deus que salva - 2º Dom. Advento - Ano C.

1 - O advento é tempo de preparação para a vinda de Jesus que vem para salvar. Imaginem só quem vem para nos salvar: o próprio Filho de Deus. Deus não manda um anjo ou anjos; ele em pessoa vem até nós. As pessoas que endireitam os caminhos tortos da sua vida, procurando torná-lo um caminho plano e limpo e até ornamentado com as flôres das virtudes, são pessoas que se colocam em situação ideal para recepcionar com alegria o Cristo que vem. É um trabalho que exige algum esforço e renúncia, mas em compensação, a "espera pelos bens prometidos" é muito gratificante.
2 - Antes de Jesus vir ao mundo, Deus Pai envia os seus profetas, diversos no curso dos séculos, para manter viva a fé e a esperança de sua chegada na mente dos povos.
Deus em sua providência, pode demorar em cumprir as suas promessas, mas ele é fiel e não decepciona, mesmo aqueles que "desejaram ver e não viram" e mesmo nós que não vimos, mas acreditamos. "Felizes são os que não viram Jesus ressuscitado, mas mesmo assim creram". "A graça de Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens. Ele nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo, com equilíbrio, justiça e piedade aguardando a manifestação de Jesus Cristo" (Tt. 2, 11 - 13).
3 - Chegou, porém, a hora em que Deus Pai envia o último de seus profetas, João Batista, chamado o precursor, o anunciador da boa nova: o salvador ainda não se manifestou mas ele já está no meio de nós; convertam-se para que seus pecados sejam perdoados, preparem o caminho do Senhor para que todos possam ver a salvação de Deus. A salvação que Jesus veio trazer é para todos, é uma salvação universal, ninguém está excluído dela. Mas não pensem os ricos que vão comprá-la com dinheiro, antes, terão a salvação dando pão aos famintos, vestindo os maltrapilhos, dando uma casa digna para os pobres, aplicando os seus recursos para os doentes que não tem quem os ajude, deixando para si apenas o necessário para viver. É preciso muita coragem, aquela coragem que vale a pena, para se desfazer do acúmulo de bens. Não deixou Jesus em segundo plano a sua condição divina para vir até nós, para nos salvar nascendo não num palácio mas numa gruta em Belém? Não se compra a salvação com dinheiro, mas com as boas obras, que são manifestação de fé. Somente assim as pessoas verão a salvação de Deus.
4 - Em nossa caminhada pelos caminhos de Deus, traçados por Jesus Cristo nos santos Evangelhos, nós não devemos parar e menos ainda encalhar, porque o tempo passa, o dia do juízo se aproxima e a eternidade é definitiva: ou com Deus ou sem Deus, ou a felicidade eterna ou a eterna desgraça. Somos nós que construímos o nosso futuro com a ajuda ou de Deus ou do demônio. Deus quer nos salvar, o demônio quer nos perder. Somos nós que fazemos a escolha indo pelo caminho largo da liberdade desbragada, dissoluta ou pelo caminho estreito dos mandamentos de Deus e dos conselhos de Jesus. Deus fez tudo para que sejamos salvos, não apenas o possível, mas também o impossível, mas somos nós que decidimos com a vida que levamos. 
Que o Natal de Jesus seja para todos nós, a festa da salvação.

Religião.


Não é só um assunto pessoal, mas também familiar, comunitário e social. Neste ponto, é necessário que se  chegue ao máximo consenso proporcionado pela oração e pelo diálogo e muito respeito. Jesus disse que além das suas ovelhas tinha outras mais, que não estavam no seu aprisco, mas que a ele importava conduzí-las para que se chegasse a um só rebanho e um só pastor.

Se eu olhasse mais para o alto.

E me apegasse menos às coisas da terra, teria um coração mais liberto e seviçal.
Se eu cultivasse mais o silêncio, a leitura espiritual e a reflexão, estaria mais perto de Deus e de meus irmãos.
Se eu fosse mais humilde e menos complicado, evitaria uma série de dissabores supérfluos, atrapalhadores.
Se eu fixasse apenas o lado positivo dos fatos e o ângulo bom das pessoas, eu seria menos amargo, menos crítico e mais otimista.
Se eu não adiasse sempre para amanhã os bons propósitos, meu hoje seria bem mais luminoso, feliz e musical.
Se eu modificasse um pouco a mim mesmo, cada dia, o mundo inteiro se modificaria à luz do Evangelho, da eternidade.
Coração que se converte, converte o mundo, em silêncio, lentamente"
(Pe. Roque Schneider).

Vaidade.

Muitas mulheres sobretudo jovens, valem não pela pessoa que são, mas pelo corpo que tem, cujas qualidades procuram exibir por vaidade ou para "ganhar a vida". Nestas alturas pelo testemunho comportamental a pessoa já está parcialmente condenada e o corpo, tão exposto e admirado, um candidato próximo à sepultura e ao pó. É aí que termina a vaidade humana.

Os tempos e costumes mudam.

Até pouco tempo atrás as festas eram inocentes reuniões de pessoas para comer, cantar e dançar ao som de alegres melodias na simplicidade de suas letras. - Hoje, o sexo é um dos ingredientes sobretudo das grandes festas populares como é por exemplo, o carnaval, ocasião em que os governantes preocupados com a saúde física que lhes dará muita despesa, mas nada preocupados com a saúde moral e espiritual distribuem à mancheias, gratuitamente, preservativos a adultos, jovens e até adolescentes. Neste ponto não se pode negar que os tempos passados eram melhores.

A palavra "Velho".

Traz consigo um conjunto imenso de conotações pejorativas. Numa sociedade que idolatra a juventude, a beleza e a força física, ser velho significa estar envolvido em um universo de rejeição, preconceitos e exclusão". (C. F. 2003)

Assim como no céu há muitas moradas, também muitos caminhos existem que nos levam até lá. (Sta. Teresa de Ávila).

Você já sentiu em seu coração...

A sensação de um "não" a um pedido seu por um favor, uma ajuda em situação de necessidade? Pois foi isto que sentiram Maria e José em Belém quando procuravam um lugar digno para Jesus nascer. Imagine você na rua, de noite, longe de casa, procurando entre os homens um abrigo e não ter. - Neste ponto, os animais são mais solidários em ceder espaço. Numa gruta, abrigo de ovelhas e outros animais, nasce Jesus "porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc. 2, 7).

Como as crianças.

Para nos tornarmos semelhantes as crianças conforme desejo, ou melhor, ordem de Jesus, precisamos derrubar os muros que nós, barbudos e enrugados construímos, e preencher os fossos que nos separam uns dos outros. A tarefa não será fácil. precisamos readquirir a consciência, a simplicidade, a pureza do olhar, a beleza do sorriso sem importarmos se nele há uma janelinha, a facilidade para esquecer as briguinhas, voltando rapidamente a ser bons amigos, compartilhar o que temos, divertirmo-nos juntos como irmãos, como crianças que se divertem com todas as iguais, não lhes importando a cor, e a procedência nacional ou religiosa. Não entraremos no reino do céu se não formos assim. São palavras peremptórias de Jesus.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Homilia - A redenção está próxima. Primeiro Dom. Advento. - Ano C

1 - A palavra "redenção" significa resgate, no nosso caso redenção ou resgate da humanidade por Jesus Cristo. O resgate implica um preço. Jesus pagou este preço pela libertação dos nossos pecados que nos tornavam escravos do demônio e o preço foi o seu sangue derramado, a sua vida. Daí nos dizer o apóstolo Pedro: "Vós sabeis que não é por bens perecíveis como a prata e o ouro que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver mas pelo precioso sangue de Cristo" (1Pd. 1, 18). Não podemos menosprezar tão alto preço pela nossa salvação. Se o Filho de Deus se fez homem para impedir o perigo da nossa condenação eterna é que necessitávamos de um redentor assim, ao mesmo tempo em que ele nos prova, de maneira tão real o seu amor para conosco: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos" (Jo. 15, 13). Dar a vida pelos amigos é difícil, mas não tanto; mas dar a vida pelos pecadores é o máximo do amor. Diz-nos o apóstolo Paulo: "Eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós". (Rom. 5, 8).
2 - Estamos nos preparando para celebrar com alegria este grande acontecimento na história do mundo: O Natal, ou o nascimento do Filho de Deus que, sendo eterno, tem um começo como homem, em tudo semelhante a nós com exceção do pecado (Hb 4, 16). Ele se tornou cidadão do mundo, nosso concidadão no dia em que com Maria sua mãe e com José foi registrado nos livros da comarca de Belém quando da ordem do imperador Cesar augusto que determinava fossem todos os habitantes de seu império recenciar-se em sua cidade de origem (Lc. 2, 1-5).
3 - A igreja celebra com muita festa o aniversário de Jesus o Filho de Deus. Mas a festa da Igreja é na solene liturgia. É festa do coração, alegria interior que se manifesta de maneira singela através das leituras, orações e cantos. É uma festa cuja alegria transborda depois na reunião da família e na paz, aquela que Jesus trouxe ao nascer e que os anjos não se cansavam de repetir ao mundo, mas que só os pastores ouviam porque estavam com o coração aberto para Deus: "Glória a Deus nas alturas e, na terra, paz aos homens por ele amados, porque homens da boa vontade".
4 - Jesus no Evangelho (Lc. 21. 25 - 28. 34 - 36) fala sobre o fim do mundo que pode acontecer a qualquer hora. "Haverá sinais no sol, na lua, nas estrelas, As pessoas ficarão angustiadas e com pavor do barulho do mar, vão desmaiar de medo só em pensar no que vai acontecer. Então verão o Filho do Homem, isto é, Jesus, vindo numa nuvem com grande poder e glória, isto é, com tudo aquilo que ele é em sua grandeza. Os que estiverem preparados para esta hora deverão erguer a cabeça com satisfação e alegria porque sentirão que valeu a pena sofrer e sacrificar-se pela sua fé em Cristo, sentirão que a sua libertação está próxima.
5 - Jesus disse que esse dia cairá de repente sobre as pessoas que ficarem insensíveis a estes alertas por causa da gula e da embriaguez, aqueles que só pensam em comer e beber do bom e do melhor e por causa das preocupações materiais que tomam todo o tempo não dando espaço para dar atenção às coisas futuras, além desta vida; naquele dia terão surpresa desagradável, porque infelizmente, não haverá mais tempo. Jesus nos pede que vivamos em vigilância constante, isto é, sem pecado. E quando por fraqueza cometermos algum, quanto antes nos livremos dele pelo arrependimento e por uma confissão sincera. Vivendo na graça, na amizade de Deus, vivendo uma vida pura, seremos felizes quando o dia chegar, porque chegou nossa libertação. "É para que sejamos pessoas livres que  Cristo nos libertou" (Gl. 5, 1). "Portanto fiquemos firmes e não nos submetamos outra vez ao jugo da escravidão". A nossa vida neste mundo é provisória. A vida para além da morte é eterna. A vida para além da morte pode ser de salvação eterna ou de eterna condenação. Quem de nós quer a eterna condenação? - Ninguém!
Então andemos desde agora pelo caminho da salvação. É o que Jesus, nascendo em Belém, quer para todos.

Homilia - Considerações em torno do Ano da Fé.

A existência de Deus não precisa ser revelada e muito menos declarada pela Igreja como dogma de fé. É uma verdade que se impõe por si mesma. Todos os povos acreditaram e acreditam na existência de um ser superior que recompensa o bem mas não pode recompensar o mal, Deus, que criou o mundo ordenado e bom, Deus que mantém e sustenta a criação, Deus que é providência apesar do escândalo do mal (CIC 399s). Este Deus não é alguém distante, inacessível. É alguém que está no meio de nós, que ouve os nossos hinos e orações e as nossas súplicas, que dá também atenção aos nossos pedidos. É natural que lhe prestemos nosso culto de adoração. 
Este Deus que criou o céu e a terra e tudo o que nele existe, é o criador dos seres humanos, é um amigo que conversava com os nossos progenitores e, depois do pecado, revelou-se à humanidade na pessoa de Abraão, a quem prometeu descendência tão numerosa como as estrelas do céu e a areia na praia do mar, descendência da qual nasceria o Salvador. É um Deus que, aos poucos, foi revelando aos homens a sua intimidade, fazendo conhecer que ele não é um Deus solítário, mas uma família. Deus se revelou, sobretudo, em Jesus Cristo, de quem ele afirmou: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha afeição. Escutai o que ele diz" (Mt 17,5). E o próprio Jesus vai mais além na revelação da intimidade divina, prometendo enviar aos seus apóstolos o "Espírito da Verdade que procede do Pai" (Jo 15, 26), a terceira pessoa da família divina. Três pessoas, porém um só Deus - é o mistério da Santíssima Trindade. Deus faz revelações que estão acima da nossa capacidade de entendimento e nos diz que quer que façamos parte da sua família desde agora e, depois, pela eternidade a fora, na visão "face a face" (1Jo 3, 2). Este Deus pede que acreditemos nele, que demos fé à sua palavra escrita na Bíblia sob sua inspiração. Ele pede de nós um ato de fé, que é um assentimento livre da vontade em tudo o que ele nos revelou e que está acima da nossa compreensão. A fé é um ato racional. Mesmo sem termos a compreensão total, nós acreditamos firmados na pessoa que nos fala, que não se engana e não quer enganar. A capacidade intelectual de uma criança é diminuta, mas ela acredita no que dizem seus pais que, por sua vez, devem ser verdadeiros para com ela, para que, quando crescer, possa dizer: Valeu a pena acreditar em meus pais. -  "A fé é uma adesão pessoal do homem, é o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou" (CIC 150). -  "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê" (Hb 11,1). O apóstolo Tiago diz que "a fé, se não tiver boas obras, é morta em si mesma" (Tg 2, 17). Seremos julgados um dia não pela fé, mas pelas obras que manifestaram a nossa fé: "Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de  beber, estava doente e me visitastes...Todas as vezes que fizestes isso, foi a mim mesmo que o fizestes" (Mt 25,40). 
-  "O justo viverá pela fé" (Rm 1, 17), e em Habacuc 2, 4: "Eis que sucumbe o que não tem a alma íntegra, mas o justo vive por sua fidelidade". É pela nossa vida pessoal que podemos avaliar o valor da nossa fé: 
- Se temos fé, veremos no outro a pessoa de Jesus, a quem devemos ajudar quando precisa, a quem devemos corrigir com amor e a quem devemos tolerar, suportar quando não há outro jeito. 
-  Consentir no pecado e viver com ele é uma falta de fé. 
-  Conhecer os Mandamentos e não observá-los é falta de fé. 
-  Não se interessar em conhecer a religião e a Igreja "para estarmos sempre prontos a responder a todo aquele que nos pedir a razão de nossa esperança, e fazê-lo com suavidade e respeito"(1Pd 3, 15) é falta de fé. 
- Colocar os nossos interesses acima dos interesses de Deus é falta de fé. 
- Conhecer os ensinamentos de Jesus contidos nos santos Evangelhos e não praticá-los, é falta de fé. 
- Como fazemos a nossa oração? Como participamos da Santa Missa? Como nos comportamos no recinto da Igreja? Está presente aí a nossa fé? As nossas orações são sinceras? Costuma-se dizer que quem canta reza duas vezes. Prestamos atenção à letra dos cantos? Fazemos o que dizemos, e damos a Deus o que ele nos pede? Será que sobra um pouco de fé em nossa vida? Tal fé poderá nos salvar? 
- Cada um de nós pode e deve fazer um bom exame de consciência para ver se não estamos na ilusão de que temos fé. A fé em Deus é a base da salvação e também da esperança na realização das promessas divinas em nosso favor. A fé se manifesta na caridade, não como mera filantropia ou interesse pessoal, mas como amor sincero, despretensioso, total.
Como apóstolos, assim também nós devemos pedir: "Senhor, aumenta a nossa fé!"  
(Lc 17, 5).