Em muitas igrejas antigas, no pórtico de entrada ou em lugar de destaque no interior do templo, estão escritas estas palavras latinas, cuja tradução é: "ESTA É A CASA DE DEUS E A PORTA DO CÉU".
Sendo a "Casa de Deus", nela reinava o mais absoluto silêncio, quebrado somente para a oração em comum ou pelo sacerdote, quando celebrava a Santa Missa, servido pelo seu coroinha. No mais, se alguma conversa havia fora das celebrações, era somente o necessário e, mesmo assim, aos sussurros.
A Missa era em latim. O povo nada entendia; aliás, a oração do sacerdote era entre ele e Deus. Algumas vezes ele se voltava ao povo para lhes dizer, em latim, que o Senhor estava com eles e que orassem para que o seu sacrifício fosse aceito por Deus. Era o coroinha quem, em nome do povo, também em latim, mas decorado, respondia.
De fato, o povo mais assistia à Santa Missa do que dela participava. Mas assistia com fé e devoção, e pelo soar da campainha do coroinha, sabia quando era o "Sanctus" ou a consagração, e ficava praticamente todo o tempo de joelhos. À hora do Evangelho, punham-se de pé. À hora da comunhão, aproximavam-se da mesa. O coroinha ajudava o sacerdote segurando a patena sob o queixo de cada fiel comungante, para não permitir que se perdesse a menor partícula da hóstia consagrada. O povo, que ia à igreja com a melhor roupa que tinha, voltava para casa feliz e revigorado na fé.
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