de tal maneira que, ancorados em Deus, nada nos derrube, nem as mais fortes tempestades da vida, venham de onde vierem.
As contradições, os mal-entendidos, a falta de reconhecimento pelos trabalhos realizados, as insinuações maldosas e até as perseguições fazem parte do nosso desenvolvimento em Deus.
Diante dessas situações nós podemos recalcitrar, esbravejar, chorar, porque não somos valorizados no que fazemos. Neste caso é bom que consultemos alguém capaz de nos esclarecer e orientar, para ver se o que fazemos pelos outros e pela Igreja, e como fazemos, possa levar os mais fracos a se escandalizar de nós. Às vezes somos nós mesmos que damos oportunidade para que falem mal de nós ou teçam críticas. Daí a necessidade de vigilância sobre nós mesmos.
Também Jesus foi mal falado e criticado, mas nunca foi por um deslize verbal ou mau procedimento. Jesus sempre falou a verdade, e as críticas, no fundo, eram feitas por inveja. "As pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam: "Tudo o que ele faz, ele faz bem" (Mc 7, 37), e "Jesus andou por toda parte fazendo o bem" (At 10, 38). Se alguém se escandaliza de nós pelo bem que fazemos, lamentamos, mas não podemos deixar de continuar fazendo o bem.
Todos estes empecilhos em nossa caminhada, se não são postos por Deus, são por ele permitidos, para o nosso bem. Nas olimpíadas exige-se o maior, o máximo de esforço dos que dela participam para conquistar longius, fortius, altius, citius: mais longe, mais forte, mais alto, mais rápido. Assim como nas olimpíadas exige-se dos atletas o maior esforço, assim também o cristão, que deve ser um atleta de Deus, deve entender todos os empecilhos no seu trabalho como acidentes normais a serem superados. Imagine-se um nadador que não quer entrar na água porque está fria, ou um corredor que vai reclamar porque colocaram obstáculos na pista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário