Deus nos escolheu e nos constituiu continuadores de sua vida e de sua obra. Louvado seja Deus!

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Mínimas e Máximas

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Minimas e Máximas [2]

APRENDEMOS A VENCER DISTÂNCIAS
Sim, é mais fácil conquistar a distância do que a proximidade. Não sabemos viver perto uns dos outros.
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A FÉ TEM QUE SER ANIMADA PELA CARIDADE
Do contrário, ela é morta (Tg 2, 17) e, consequentemente, não salva. Será que a fé de certos protestantes que agressivamente acusam católicos de idolatria, simplesmente porque conservam imagens de Jesus Cristo e de sua santa Mãe, dos anjos e dos santos, será que esta fé, revestida de incompreensão e ausente de caridade, os salvará? Somente a fé animada pela caridade é que dá esperanças de ver realizadas as maravilhosas promessas do Senhor.
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A CONFISSÃO É UM PODEROSO MEIO DE LIBERTAÇÃO
O pedido de perdão a Deus e ao próximo. Quando nos entregamos a Jesus e confessamos nossas falhas, ele assume o controle total da nossa vida. Ele, uma vez no controle, impede que o mal se levante contra nós.
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A GENTE DEVE ALEGRAR-SE EM DEUS, como se alegrou Nossa Senhora, ao conceber Jesus por obra do Espírito Santo, alegria que ela transbordou em Isabel ao ser por ela saudada como Mãe de Deus, feliz porque acreditou. A gente poderá alegrar-se em Deus sempre que estiver fazendo o que é da sua vontade.
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NOSSA SENHORA PROFETIZOU
"Doravante todas as gerações me chamarão de bendita". Se Nossa Senhora teve outros filhos - e poderia ter, por que não? - esta profecia teria sido diminuída em seu valor e até poderia perdê-lo por completo. Só ficaria na lembrança. Pelo fato de Maria ter sido escolhida para Mãe de Jesus, o Filho de Deus, permanecendo Virgem após o seu parto, ela se tornou um monumento do poder de Deus e todas as gerações poderiam admirá-lo. Mas, se Maria, depois de Jesus, teve outros filhos, este monumento perdeu o seu valor, caiu na obscuridade, enfim, desabou, e não haveria mais razão para que todas as gerações a proclamassem de bendita, porque a maravilha foi uma coisa passageira e Maria, como querem protestantes, voltou a ser como as demais mulheres que, ao morrer, seu corpo baixou à sepultura, ao pó voltou e lá ficou. A Assunção de Nossa Senhora ao céu, em corpo e alma, teria sido uma invenção da Igreja Católica.
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"O TURISTA ESTRANGEIRO vem ao Nordeste atrás de prostituição e de droga. A propaganda que o Brasil faz de mulatas seminuas é um fato que contribuiu para a violência" (Carlos Alberto da Costa Gomes, do Observatório de Segurança Pública da Universidade de Salvador. Gazeta do Povo, 22/10/2012).
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DEUS NOS FALA NO ABSOLUTO SILÊNCIO e também no silêncio dos acontecimentos mais barulhentos da grande história do mundo, da história de cada dia, e da nossa pequenina história.
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O ROSTO É O ESPELHO DA ALMA, os olhos são sua janela e a boca, a expressão da sua verdade ou mentira, daquilo que ela é e pensa.
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Os santos têm cara de gente!
Carlo Acutis, em processo de beatificação (2019).

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Deixe que os mortos sepultem seus mortos

Isto é, deixe que haverá outros que o farão.

É um ato de caridade, uma obra de misericórdia que ninguém se recusará a fazer.

Estas foram as palavras de Jesus ao candidato de discípulo, convidado pelo próprio Jesus que lhe pede primeiro deixá-lo enterrar seu pai (Lc 9, 60).
"Deixe que os mortos enterrem seus mortos" devia ser uma espécie de ditado, adágio para se entender que qualquer pessoa pode fazer o trabalho que alguém pensa fazer como obrigação exclusiva sua.

Nem sempre tudo corria bem no trabalho de evangelização dos Apóstolos

O Apóstolo Paulo queixava-se: "Não tenho nenhum outro correligionário que se preocupe tão sinceramente convosco do que Timóteo. Todos visam os seus interesses pessoais, não os de Jesus Cristo" (Filipenses 2, 20-21).

Em outro lugar: "A maior parte dos irmãos... redobra de audácia para anunciar sem medo a Palavra. Alguns, é verdade, o fazem por inveja e por ambição, mas outros proclamam a Cristo com boa intenção. Estes agem por amor. Outros, se anunciam o Cristo, é por espírito de competição, os seus motivos não são puros... De qualquer maneira, com segundas intenções ou com sinceridade, Cristo é anunciado" (Filipenses 1, 14-18).
La diffusion de la bonne nouvelle

Haec est Domus Dei et Porta Coeli

Em muitas igrejas antigas, no pórtico de entrada ou em lugar de destaque no interior do templo, estão escritas estas palavras latinas, cuja tradução é: "ESTA É A CASA DE DEUS E A PORTA DO CÉU".
Sendo a "Casa de Deus", nela reinava o mais absoluto silêncio, quebrado somente para a oração em comum ou pelo sacerdote, quando celebrava a Santa Missa, servido pelo seu coroinha. No mais, se alguma conversa havia fora das celebrações, era somente o necessário e, mesmo assim, aos sussurros.

A Missa era em latim. O povo nada entendia; aliás, a oração do sacerdote era entre ele e Deus. Algumas vezes ele se voltava ao povo para lhes dizer, em latim, que o Senhor estava com eles e que orassem para que o seu sacrifício fosse aceito por Deus. Era o coroinha quem, em nome do povo, também em latim, mas decorado, respondia.

De fato, o povo mais assistia à Santa Missa do que dela participava. Mas assistia com fé e devoção, e pelo soar da campainha do coroinha, sabia quando era o "Sanctus" ou a consagração, e ficava praticamente todo o tempo de joelhos. À hora do Evangelho, punham-se de pé. À hora da comunhão, aproximavam-se da mesa. O coroinha ajudava o sacerdote segurando a patena sob o queixo de cada fiel comungante, para não permitir que se perdesse a menor partícula da hóstia consagrada. O povo, que ia à igreja com a melhor roupa que tinha, voltava para casa feliz e revigorado na fé.



Esta é a Casa de Deus

O Esaú da Bíblia tinha trocado com Jacó, seu irmão, o direito da primogenitura por um prato de lentilhas. Sentindo sua vida chegar ao fim, Isaac, o pai, quis dar a bênção ao filho primogênito que, para ele, era Esaú, mas para a mãe Rebeca, que sabia da troca, era Jacó. Além do mais, Esaú, com a idade de quarenta anos, tomou como esposas duas mulheres hititas, povo estranho, o que desagradou muito a Isaac e Rebeca.

Quem se apresentou para oferecer ao pai Isaac a última refeição antes da bênção foi Jacó. Isaac estava cego, parecia-lhe ouvir a voz de Jacó, mas apalpando os seus braços, reconheceu ser Esaú. Isaac alimentou-se com a suculenta refeição preparada por Rebeca e tomou vinho. Então Isaac disse-lhe: "Aproxima-te, meu filho, e beija-me". Isaac sentiu o perfume de suas vestes, que eram as de Esaú, e o abençoou nestes termos: "Deus te dê o orvalho do céu e a gordura da terra, uma abundância de trigo e de vinho! Sirvam-te os povos e prostrem-se as nações diante de ti! Sê o senhor dos teus irmãos, e curvem-se diante de ti os filhos de tua mãe! Maldito seja quem te amaldiçoar e bendito quem te abençoar" (Gn 27, 26-29).

Acabara Isaac de abençoar Jacó quando entrou Esaú, o filho primogênito que havia trocado por um prato de lentilhas os direitos de primogenitura, apresentando ao pai uma não menos suculenta refeição que ele mesmo preparou. Aí, tanto o velho pai Isaac quanto o filho Esaú ficaram sabendo da "fraude" de Jacó. Mas a bênção lhe fora dada e não podia voltar atrás. Enfurecido contra seu irmão, Esaú, cheio de ódio, diz: "Virão os dias do luto de meu pai, e matarei meu irmão Jacó" (v. 41).

Isaac nada sabe do projeto de vingança de Esaú contra seu irmão Jacó. Sabe-o, entretanto, a mãe Rebeca, que recomenda ao filho: "Teu irmão Esaú quer matar-te para se vingar de ti. Escuta-me, pois, meu filho: vai, foge para junto de Labão, meu irmão em Haran. Fica lá algum tempo até que se acalme a cólera do teu irmão".

Para dar ao velho Isaac a razão da viagem de Jacó, Rebeca lhe dá outro motivo. Disse-lhe que estava desgostosa da vida por causa das filhas de Het, antepassado dos hititas, povo que não era semita. Se Jacó se casar com uma delas, para que ainda viver!

Isaac chama Jacó, abençoa-o e lhe dá esta ordem: "Não desposarás uma filha de Canaã. Mas vai a Padan-Aran, à casa de Batuel, pai de tua mãe, e escolhe lá uma mulher entre as filhas de Labão, irmão de tua mãe". E disse mais: "Deus poderoso te abençoe, te faça crescer e multiplicar, de sorte que te tornes uma multidão de povos. Que ele te dê, como também à tua posteridade, a bênção de Abraão, a fim de que possuas a terra onde moras e que Deus deu a Abraão".

Esaú viu que seu pai havia abençoado Jacó e o tinha enviado a Padan-Aran para aí escolher uma mulher por esposa, e lhe proibia desposar uma filha de Canaã. Compreendendo que as filhas de Canaã não eram bem vistas pelo seu pai, por despeito foi à casa de Ismael, filho de Abraão e da escrava Agar, e tomou por mulher, além daquelas que já tinha, a Maelet, filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nabaiot.

Enquanto isso, Jacó partiu de Bersabeia, tomando o caminho de Haran. Chegou a um lugar, e ali passou a noite. Serviu-se de uma pedra como travesseiro. Dormiu e teve um sonho:

Via uma escada que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor, que lhe dizia; "Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua posteridade a terra em que estás deitado. Tua descendência será tão numerosa como os grãos de poeira no solo; tu te estenderás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o meio-dia, e todas as famílias da terra serão benditas em ti e em tua posteridade. Eu estou contigo, para te guardar onde quer que fores, e te reconduzirei a esta terra. e não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi".

Jacó, despertando de seu sono, exclamou: "Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia! Quão terrível é este lugar! É nada menos que a casa de Deus, é aqui a porta do céu".

No dia seguinte, pela manhã, tomou Jacó a pedra sobre a qual repousou a cabeça e a erigiu em monumento, derramando óleo sobre ela. E deu o nome de Betel a este lugar, isto é, Casa de Deus. (Gen 27-28).



Quem come a minha carne e bebe o meu sangue...

Quê homem poderia propor a outros homens que comessem a sua carne e bebessem o seu sangue?

Por isso, a Sagrada Eucaristia, nos primeiros tempos da Igreja, foi motivo de escândalo, de incompreensão, de perseguição e de martírio, porque para nós, cristãos, não existe vida eterna sem a sua comunhão. (João Antonio Magalhães)

Os Apóstolos, como nós,

se depararam com dificuldades e obstáculos para estender o Reino de Cristo, mas não ficaram à espera de ocasiões propícias para fazê-lo, pois nesse caso, não teria chegado a nós essa mensagem que dá sentido à nossa existência.

A Missa não é encenação da Ceia do Senhor.

É o memorial da sua paixão, é tornar presente o Sacrifício da Sexta-feira Santa sob os sinais propostos por Jesus na Quinta-feira Santa. A Santa Missa deve ser celebrada de tal maneira que seja do agrado de Deus como foi o sacrifício de Jesus, para que os frutos da sua paixão e morte jorrem sobre nós.

Falamos em santo sacrifício da Missa; sacrifício é doação a Deus de algo bom que a gente tem. Sendo algo material, mesmo que seja um sofrimento físico ou moral, ele se torna sagrado, pois é este o sentido da palavra sacrifício - sacrum fácere.

Em geral, fazemos sacrifícios de coisas que não nos custam muito. O sacrifício de Jesus foi diferente: Ele ofereceu a Deus Pai o seu sangue derramado, a sua vida pela salvação do mundo. Como é que Deus Pai poderia não aceitar este sacrifício? Diz-nos o apóstolo Pedro em sua 1ª Carta 1, 18: "Vós sabeis que não é por bens perecíveis como a prata e o ouro que tendes sido resgatados do vosso vão procedimento... mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado".


Quando alguém visita a Terra Santa,

ele pára em meditação naqueles lugares por onde Jesus passou: Belém, Nazaré, Cafarnaum, Calvário, Santo Sepulcro, o Monte da Ascensão...

Ninguém pode deixar de contemplar Jesus durante os nove meses no seio de Maria. Se os outros lugares são sagrados, este o é por excelência. Se em outros lugares Jesus esteve de passagem - e nestes lugares nos demoramos em gostosas meditações, no seio de Maria, onde ele começou a se desenvolver e durante nove meses ali permaneceu, a contemplação deve ser mais demorada: veremos Jesus pela fé, mas o veremos em Maria.

É necessário que sejamos fortes na fé

de tal maneira que, ancorados em Deus, nada nos derrube, nem as mais fortes tempestades da vida, venham de onde vierem.

As contradições, os mal-entendidos, a falta de reconhecimento pelos trabalhos realizados, as insinuações maldosas e até as perseguições fazem parte do nosso desenvolvimento em Deus.

Diante dessas situações nós podemos recalcitrar, esbravejar, chorar, porque não somos valorizados no que fazemos. Neste caso é bom que consultemos alguém capaz de nos esclarecer e orientar, para ver se o que fazemos pelos outros e pela Igreja, e como fazemos, possa levar os mais fracos a se escandalizar de nós. Às vezes somos nós mesmos que damos oportunidade para que falem mal de nós ou teçam críticas. Daí a necessidade de vigilância sobre nós mesmos.

Também Jesus foi mal falado e criticado, mas nunca foi por um deslize verbal ou mau procedimento. Jesus sempre falou a verdade, e as críticas, no fundo, eram feitas por inveja. "As pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam: "Tudo o que ele faz, ele faz bem" (Mc 7, 37), e "Jesus andou por toda parte fazendo o bem" (At 10, 38). Se alguém se escandaliza de nós pelo bem que fazemos, lamentamos, mas não podemos deixar de continuar fazendo o bem.

Todos estes empecilhos em nossa caminhada, se não são postos por Deus, são por ele permitidos, para o nosso bem. Nas olimpíadas exige-se o maior, o máximo de esforço dos que dela participam para conquistar longius, fortius, altius, citius: mais longe, mais forte, mais alto, mais rápido. Assim como nas olimpíadas exige-se dos atletas o maior esforço, assim também o cristão, que deve ser um atleta de Deus, deve entender todos os empecilhos no seu trabalho como acidentes normais a serem superados. Imagine-se um nadador que não quer entrar na água porque está fria, ou um corredor que vai reclamar porque colocaram obstáculos na pista.