A morte nos revela a nós mesmos. A morte é aquele véu que separa o tempo da eternidade. A morte desfaz todas as ilusões. A hora da morte é a hora da verdade. Compareceremos todos diante de Deus: "Statutum est hominibus semel mori; post hoc autem judicium". "Está determinado que os homens morram uma só vez; em seguida vem o juízo" (Hb. 9, 27). Prestação de contas! O juízo será sem misericórdia para quem não usou de misericórdia. A morte põe a nú aquilo que somos, despojando-nos das postiças aparências que levamos no mundo para fazer-nos admirados e respeitados por todos. Vale a pena viver na simplicidade, lealdade e verdade diante de Deus e diante dos homens. A morte não é o fim de tudo, mas o verdadeiro comêço de tudo. Com a morte, a vida não é tirada mas transformada. Se não queremos saber agora, a morte nos revelará o que somos. Portanto, é preciso sermos realistas desde agora. Não é a fortuna, a ciência, a posição social que nos fazem grandes, mas é a santidade que está nos antípodas dos conceitos do mundo. É maior, disse Jesus, aquele que se tornar menor, pobre, despojado de si mesmo, aquele que põe a sua riqueza, a sua sabedoria, a sua posição na sociedade à serviço dos seus semelhantes; é maior aquele que se ajoelha para lavar os pés dos outros, aquele cuja alegria é servir. É grande aquele que é grande aos olhos de Deus e não do mundo. O orgulho, a vaidade, a confiança em si mesmo e a falsa segurança que a fortuna dá, são ilusões em cujas esparrelas, muita gente tida como inteligente, cai.
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