Propor-se-á que o aborto seja legal até a 12ª semana, porque, diz-se, até essa fase da gestação o feto ainda não tem atividade cerebral.
A consciência não nos permite, não temos o direito de impedir que uma vida humana, uma vez iniciado o seu processo de desenvolvimento, seja truncado ou mutilado para que morra. Ninguém poda um pessegueiro ou uma cerejeira em flor só pelo fato de não ter ainda o seu fruto; ninguém joga fora as centenas de peças que, numa fábrica de automóveis, ajustadas umas às outras, acabam formando um belo automóvel. Um óvulo materno fecundado tem, milagrosamente, dentro de si toda esperança de um ser humano perfeito, único, irrepetível. Só porque ele ainda está em fase de formação julgam alguns que não é ser humano e, portanto, pode ser abortado.
Dizem estas mulheres que são donas do seu corpo e, de fato são; mas não são donas do corpo do filho que trazem em seu ventre. Ele está no corpo da mãe, mas não faz parte do corpo dela. Ele caminha para a liberdade e independência total. Ele precisa da mãe só por algum tempo. Tanto é verdade que a mãe abortista se submete a processos dolorosos não para ela, mas para o filho, para tirá-lo dali como se fosse perigoso para sua saúde. Se se tratasse do filho como fazendo parte do corpo da mãe, sem dúvida ela não permitiria o aborto, que seria doloroso para ela como a amputação de um braço, de uma perna ou de um simples dedo.
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