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domingo, 25 de novembro de 2012

Homilia - A religião de quem dá sem medida.

1 - É mais fácil a gente dar do que tem, do que dar o que a gente é. Dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, dar uns trocados a quem pede uma esmola, são obras de caridade fáceis. Jesus promete recompensar a quem as praticar, e outras semelhantes, como feitas a ele mesmo. "Tudo o que fizeres ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazes" (Mt. 25, 40). É mais difícil a gente dar aos outros aquilo que a gente é. É evidente que se damos aos outros aquilo que a gente é, devem ser coisas boas e não ruins. O apóstolo Paulo escrevendo aos efésios (4, 31-32) diz as coisas que devemos evitar de dar aos outros porque são más: "Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia". Se estas coisas não prestam para os outros, também não prestam para nós e, para o nosso bem não convém guardá-las em nosso coração. Em seguida o apóstolo diz o que devemos dar aos outros: "Sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo". É aí que a gente mostra aos outros o que a gente é. É aí que a gente se revela também a si próprio. As coisas boas que a gente deve ser, são resulatdo por vezes, de muita luta,  para se conquistar. Todos nós precisamos da caridade e da compreensão uns dos outros, porque se não precisamos dos outros, das obras de misericórdia corporais, precisamos todos das espirituais e entre estas últimas constam: Perdoar as injúrias e sofrer com paciência as fraquezas do próximo.
2 - Na carta aos Gálatas o mesmo apóstolo Paulo escreve (5, 19-22): "As obras da carne, ou as coisas ruins que não devemos transmitir aos outros, são: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes". Estas são obras da carne, obras más, e a gente pode ser algumas dessas coisas, mas não deve dar essas coisas aos outros. Devemos nos esforçar para sermos bons, para dar aos outros as coisas boas que somos. A pessoa que se deixa guiar pelo Espírito Santo, recebe dele as coisas boas que são: caridade, alegria, paz, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança". Quando damos um prato de comida, damos o que temos; se damos afabilidade, bondade, brandura, damos o que somos. O apóstolo Paulo conclui, dizendo que "os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne com as paixões e concupiscências". Ele termina assim: "Não sejamos ávidos da vanglória. Nada de provocações, nada de invejas entre nós". (Gal. 5, 24-26).
3 - A viúva do Evangelho (Mc. 12, 38-44) que depositou no cofre do Templo tudo o que tinha - eram duas moedinhas,  isto é, um quadrante que era: "uma moeda de bronze de três gramas, equivalia a um quarto de asse ou dois leptos". Levando-se em conta que dezesseis quadrantes era o salário habitual por um dia de trabalho, e supondo que o salário de um dia fosse cem reais, a oferta que a viúva colocou no cofre do Templo, seria por volta dos seis reais, mas era tudo o que ela possuía. (Dicionário de Jesus e dos Evangelhos; Ed. Santuário). Jesus disse aos seus discípulos: "Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos, todos, os que ofereceram moedas ao Tesouro do Templo, pois todos os outros deram do que lhes sobrava. Ela, porém, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver". A doação que as duas viúvas, de Sarepta e a do Evangelho fizeram, eram sinal do que elas eram em seu coração: mulheres desprendidas, mulheres de grande fé e de grande confiança em Deus.
4 - No Evangelho, Jesus previne os seus discípulos para que não sejam como os escribas que gostam de aparecer, circulando com togas, gostam de ser saudados por todo mundo para que vejam que são benquistos, que gostam de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e lugares de honra nos banquetes. É um mau exemplo, sinal do vício do orgulho que não deve ser imitado por ninguém. Outra recomendação de Jesus: não devemos dar a Deus o que sobra. Jesus sentou-se no Templo à frente do cofre das ofertas. A multidão que constava de gente simples, lançava pequenas moedas e, muitos ricos lançavam muitas moedas; todos davam do que lhes sobrava. Mas uma pobre viúva, deu mais do que todos juntos, porque ofereceu tudo o que tinha para viver.
Devemos dar a Deus, não o que nos sobra. Devemos fazer as nossas ofertas com um coração generoso porque Deus não se deixa vencer em generosidade.

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