E aí está à vista de todos que o mundo, à medida que progride materialmente, regride moralmente. O homem está se tornando um simples animal com a agravante que é racional e consequentemente livre, está se tornando um animal perigoso; também enquanto progride materialmente, regride moralmente. É aí que ele se torna mais que os animais, e goísta, orgulhoso, caminhando, aos poucos, para a lei do mais forte.
À medida que uns poucos enriquecem, a grande maioria empobrece. Como consequência desse desequilíbrio mental e inversão de valores, não há paz e todos tem mêdo não de fantasmas ou assombrações, mas do próprio homem que mais do que nunca e em maior número agride, rouba, saqueia, sequestra, mata. Hoje não há quem não tenha a sua casa e os seus bens mais valiosos ou asssegurados ou com dispositivos de segurança desde cães até eletrônicos, muros altos, arame farpado, vidros quebrados nos muros. Todos vivem com mêdo e, em nenhum lugar sentem-se seguros. Onde Deus é dispensado e os seus mandamentos não são seguidos, mas transgredidos, o homem se esconde de Deus porque se sente nú. Aliás, procura abstrair de Deus para tranquilamente viver nú e admirar a sua nudez e a dos outros como um valor em si. Enfim, o homem tornou-se Deus, conhecendo o bem e o mal de acôrdo com o que favoreça ou defavoreça. É o homem que faz as suas leis em seu próprio benefício.
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