Ele precisa do pai e da mãe não apenas para ser concebido, mas exige a presença amparadora e educadora deles, paternal e maternalmente, para crescer e se desenvolver sem problemas até que possa andar com as suas próprias pernas. Isto demora uns bons anos. Os filhos devem ser reconhecidos e amorosos para com os seus pais, amparando-os na doença e na velhice. Mas, há crianças sem pai nem mãe, isto é, por eles abandonadas, acolhidas nos orfanatos ou adotadas; há crianças sem pai junto às quais a mãe deve ser também pai; há crianças cujos pais não se entendem, vivendo em contínuas brigas; há crianças que vivem com seus pais, mas em ambientes promíscuos, sem higiene, sem alimentação adequada, sem estudo. Com os irracionais, praticamente, nada acontece fora do que lhes é próprio e necessário para a vida; mas, com o animal humano, dotado de razão, isto acontece. Parece que os animais que gozam do instinto usam mais da razão, embora não a tenham, do que os próprios racionais, embora haja razão também nos instintos. A razão é que eles não são refletidos e portanto não podem ser chamados à responsabilidade.
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