"A minha alma está perturbada. Mas, que direi?...Pai, salva-me desta hora... Mas é exatamente por isso que vim a esta hora (Jo, 12,27).
Para nós também chegará a hora que será a hora. Não adianta não pensarmos nela. É melhor estarmos preparados para acolhe-la. Temos uma vida toda para isso: deixar esta vida precária, para entrar na vida em plenitude, por Jesus prometida aos seus amigos fiéis.
Também para Jesus chegou a hora designada pelo Pai. Fazer a vontade do Pai era o alimento de Jesus, e ao encontro dessa hora estabelecida Jesus vai...
Mais do que qualquer ser humano, Jesus rejeitava a morte e pedia ao Pai que, se possível afastasse dele essa hora. Entretanto, submete-se à sua vontade e aceita: "Faça-se não a minha, mas a tua vontade" (Mt. 26,39). Jesus vai e infrenta a dor.
Aos soldados guiados por Judas, o traidor, Jesus pergunta: "A quem procurais?" "A Jesus Nazareno", é a resposta. "Sou eu", responde Jesus. E aí começa o grande drama da minha salvação, da tua salvação, meu irmão, da salvação da humanidade inteira. Um Deus para poder morrer pelos homens faz-se homem. "Humilhou-se, obedecendo até a morte na cruz".
Se a morte é um duro golpe para o ser humano, muito mais duro foi para o Filho de Deus que, por todos os lados era inocente. Mas Jesus aceita a morte com todas as humilhações de um condenado perigoso à sociedade.
Jesus teve medo da morte porque a morte para ele, sob todos os aspectos, era injusta; mas ele quis torná-la, de certa maneira, justa, assumindo sobre sí os nossos erros e maldades, isentando-nos assim de toda a culpa e livrando-nos dos castigos. Só um amor sem medida é capaz disso.
Cada um de nós deve pensar: A libertação das correntes dos meus pecados, a minha salvação eterna, custou um preço muito alto; alguém pagou essa dívida por mim. Ser-lhe-ei eternamente grato e vou esforçar-me para não pecar mais, observando com alegria, todos os seus mandamentos.
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