Sabemos que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se fez homem para nos salvar. Se, para nos salvar, ele tivesse na Glória da sua divindade, haveria de nos espantar; não teríamos coragem de nos aproximar dele vendo a sua beleza e contemplando nossa miséria. Se ele viesse na humildade da nossa aparência humana, não nos assustaria, mas seria desprezado. Foi o que aconteceu. Aproximou-se tanto de nós que parecia uma pessoa qualquer. "Não é ele o filho do carpinteiro?" perguntavam-se os nazarenos.
Jesus veio para aproximar os homens entre sí e à si: "Amai-vos uns aos outros...Quem quiser ser meu discípulo, siga-me...Eu sou o caminho".
Iniciou este trabalho com sua pregação e com os milagre que confirmavam sua palavra. Uns acreditavam no que ouviam e viam, outros não e outros duvidavam.
Jesus havia curado um homem cego e surdo que era possuído por um demônio. Começaram os comentários. A multidão admirada dizia: "Não será este o filho de Davi?" "É por Belzebu, chefe dos demônios que ele os expulsa", diziam os fariseus e os escribas. O próprio Jesus respondeu: "Como pode Satanás expulsar Satanás?" (Mt. 12, 24 - Mc. 3,33 - Lc. 11, 15).
Numa outra ocasião, Jesus curou um cego de nascença. Todos os que o conheciam ficaram admirados: Será ele o salvador? Se ele era cego, como é que agora vê? O cego, feliz da vida, dizia: Não se assustem! Sou eu mesmo! Jesus me curou! Aí, também começaram as críticas: "Este homem não é de Deus porque fez isto no sábado, dia em que não se pode fazer outras coisas". Outros, porém, retrucavam: "Como pode um pecador fazer tais prodíogios?". (Jo. 9,16). O cego curado concluía: "Deus não ouve pecadores, mas atende a quem lhe presta culto e faz a sua vontade". (Jo. 9,31).
Por que o mundo ainda não é cristão? Porque Jesus foi, é e será um sinal de contradição.
A Igreja e os verdadeiros cristãos sofrem a mesma sina. Em boa parte, a culpa é dos próprios cristãos, pelas divisões que há entre eles, pela falta de interesse em conhecer melhor os ensinamentos de Jeus e, como consequência, pela incoerência entre fé e vida.
Por que o mundo não é cristão? Talvez alguém diga que ninguém é obrigado a ser cristão. Claro, nem Deus obriga! Mas, se com Jesus ou sem ele, todo mundo se salva, seja qual for a sua religião ou filosofia de vida, (com exceção daqueles que acham que com a morte tudo termina), tal modo de pensar coloca em dúvida a necessidade da paixão, morte e ressurreção "para assim ele entrar na sua glória" (Lc. 24,26).
Apesar do testemunho dos santos e do próprio Jesus Cristo, a maior parte da humanidade não é cristã. Os santos são modelo de vida cristã. Nós os admiramos, mas não seguimos o seu exemplo.
Será que eu e você seremos salvos, quando nos interessamos tão pouco por Jesus, nosso salvador, e em viver de acôrdo com a sua doutrina?
Eis uma das razões por que o mundo não crê.
A salvação eterna não é difícil, mas há um caminho para chegar até lá. O problema é que queremos seguir os nossos caminhos ou distrair-nos no ponto de partida enquanto a vida passa.
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