Na perspectiva cristã, a definitiva "beatitudo" se realiza plenamente quando a inteligência e a vontade do homem encontram seu Fim último e Supremo, bem além das pequenas e passageiras satisfações; e o "fim último" pode se definir, acentuando um ou outro aspecto: a visão de Deus face a face; a entrada na alegria do Senhor; o "gaudium de veritate", que é a felicidade de contemplar a verdade longamente procurada; o encontro com Deus face a face.
A felicidade eterna tem, porém, reflexos na existência terrena. Ela é uma resposta a uma busca pessoal de alegria, de paz, de amor, de segurança, de certezas em meio às dúvidas, de algo que dá pleno sentido à vida. Ela se revela num ambiente de família, de pessoas amigas. É entretecida de pequenas coisas como uma boa dose de saúde e bem-estar, de compreensão mútua e mútua ajuda, de verdadeiro intercâmbio em vista de um único bem. A felicidade verdadeira não reside na realização egoística do próprio bem, mas no querer bem e servir ao outro. (D. Lucas M.N.)
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