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domingo, 31 de março de 2013

"Feliz Páscoa, que quer dizer feliz libertação".

No Ano Litúrgico que vai desde o primeiro domingo do Advento, em dezembro, até a solenidade de Cristo Rei do Universo, em novembro, a Igreja percorre com seus fiéis a história da salvação, da qual todos são convidados a participar. Todos os anos essa história viva é repetida.
A liturgia, portanto, é repetitiva, isto é, sempre a mesma coisa; mas os que dela participam a cada ano que passa, devem representar o seu papel nessa grande história da melhor forma possível, O próprio Jesus está envolvido nela. Aliás ele é o seu condutor. A repetição dá oportunidade para o aperfeiçoamento. O ato litúrgico, por excelência, é a Santa Missa. Ela tem uma estrutura que é sempre a mesma, e nela não se mexe, como não se pode mexer na estrutura de uma casa. Portanto, o esquema da Missa permanece sempre o mesmo, mas o seu conteúdo varia. 
No Advento, em preparação ao Natal, a Igreja faz-nos cantar: "Das alturas orvalham os céus e as nuvens que chovam justiça, que a terra se abra ao amor e germine o Deus salvador"; no Natal, faz-nos cantar: "Noite Feliz!"; na Quaresma: "Pequei, Senhor, misericórdia...", "Eis o tempo de conversão..."; na Páscoa: "Cristo venceu, aleluia!
Ressuscitou, aleluia!"; em Pentecostes: "Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar...". A liturgia - e dentro dela as leituras e os cantos - se repete todos os anos, mas para quem progride no conhecimento de Jesus, Filho de Deus Salvador, estes cantos e leituras são sempre novos, porque proporcionam uma descoberta nova. 
O Tempo da Quaresma é o prazo de quarenta dias que a Igreja oferece a todos os seus filhos como preparação para a Páscoa; vai da Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa, quando se inicia o Tríduo Pascal. Tempo suficiente para que todos façam uma revisão em sua vida cristã, vejam os acertos e o bem que se esforçam por praticar, e por isso deem graças a Deus, mas vejam também os erros, a ofensas, para humildemente pedir e receber o perdão no Sacramento da Reconciliação.
Os nossos pecados não são apenas assunto pessoal. Mesmo que sejam ocultos, prejudicam o Corpo da Igreja da qual fazemos parte. Daí que devemos nos reconciliar não apenas com Deus, mas também, com os outros a quem ofendemos, fizemos mal ou prejudicamos.
É esta a libertação que a Igreja propõe aos seus fiéis, libertação dos pecados aos quais nos escravizamos. Aí está hoje o verdadeiro sentido da Páscoa.
Somos pecadores. Apesar dos esforços e boa vontade, sempre caímos, mas sempre também precisamos levantar. A Igreja se afirma santa e pecadora. Santa porque dentro dela há santos, e pecadora porque nós ainda não amamos a Deus como deveríamos amar. Daí que, todos os anos, diga-se uma vez mais, somos convidados no Tempo da Quaresma a fazer a nossa confissão, essa limpeza interna da mente, da alma e do coração, com arrependimento sincero e propósito verdadeiro de sermos mais fortes na luta contra o maior dos males, que é o pecado.
Como poderemos dizer "Feliz Páscoa!", que quer dizer 'feliz libertação', se continuamos escravos do pecado?
Se você ainda não fez a sua Páscoa, faça-a. Não precisa esperar outra Quaresma, porque Páscoa sempre acontece quando há libertação e vontade de lutar para se manter livre.
A todos, hoje e sempre, FELIZ PÁSCOA!
(Monsenhor Estanislau).

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